Homilia do Pe. Idair Bonadiman, na Missa da Festa Litúrgica do Beato

Homilia da Festa Litúrgica do Beato João Schiavo

08 de julho de 2025

“Pai, eu sempre quis fazer a tua vontade.” Celebramos hoje a Festa Litúrgica do Beato João Schiavo.

Seu nascimento em 08 de julho de 1903, na Itália – Vicenza

Celebramos a festa de um grande homem, um santo. O Beato João Schiavo vem de uma família simples, temente a Deus. De uma profunda religiosidade. Colocou sua vida nas mãos do Senhor e se deixou conduzir por Ele. Destaco alguns momentos de sua vida, de sua trajetória, para compreendermos que a santidade está ao alcance de todos. Este é o apelo do Senhor para nós: Sede santos por eu, o Senhor, sou santo.

Ele é o primogênito de 8 irmãos. 3 morreram pequenos. Seu pai Luiz era sapateiro e sua mãe Rosa trabalhava em casa de família. Com 8 anos fez a primeira eucaristia.

Em 1917, com 14 anos entrou no seminário. 1919 – Fez a primeira Profissão Religiosa

1925 – A Profissão Perpétua – uma grande característica da sua vida – entregar-se nas mãos de Deus, confiança total na Divina Providência. 10 de julho de 1927 – Foi ordenado sacerdote (24 anos)

A trajetória até o sacerdócio não foi fácil: muitas dificuldades apareceram no caminho, mas Pe. João estava convicto do que queria e perseverou na caminhada. Sentiu o chamado para ser missionário.

1931 – Veio ao Brasil (chegou em 5 de setembro de 1931 em Rio Grande. Logo veio para Ana Rech

1932 – Assumiu a Formação dos seminaristas. 1935 – 1936 – Diretor e Pároco de Galópolis

1937 – 1940 – Diretor do Colégio Murialdo de Ana Rech. 19 de março de 1941 – Fundou o Seminário Josefino de Fazenda Souza. 1946 – Foi criada a província do Brasil e o padre João foi o primeiro provincial, por dois mandatos. 1947 iniciou o Noviciado na Linha Feijó. 1947 – Iniciou o Abrigo de Menores em Caxias do Sul

1954 – Iniciou a obra de Porto Alegre: Partenon e Morro da Cruz. 1955 – Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens. Muitas obras criadas com a mão do Beato.

Foi um tempo de alegrias, mas também de desafios, frustrações... E nesses momentos sempre repetia: quem trabalha com Cristo triunfará.

O Beato João Schiavo tem uma participação muito importante na presença das Irmãs Murialdinas aqui no Brasil – criação, acompanhamento, diretor espiritual, conselheiro, confessor, e no desenvolvimento das obras das irmãs ...

E em 27 de janeiro de 1967 faleceu, com 63 anos e meio, vividos a serviço do Senhor. Um santo muito humano, com virtudes e limites, mas entregue nas mãos e Deus e obediente a sua vontade.

Qual o diferencial no êxito dessa grande obra realizada pelo Beato João Schiavo? A sua Espiritualidade que estava enraizada no amor a Deus e na confiança à Divina Providência

Cultivou um grande amor a Deus: a oração, a intimidade com Deus ocuparam um espaço grande na sua vida (espaço vital). Se não tinha o tempo necessário ao longo do dia, rezava a noite, quando todos dormiam. Sabia que na intimidade com Deus se fortalecia e fazia a vontade de Deus.

Devoção a Eucaristia – Jesus eucarístico era fonte de vida para o Beato, ele tinha uma profunda devoção, um amor muito grande a eucaristia que se manifestava no zelo, cuidado, preparação e profunda fé. Dizia: Devemos pedir na missa: entre a elevação da hóstia e a consagração cálice, a capacidade de sofrer e morrer com Ele, pela igreja e pelo mundo.

Devoção a Virgem Maria e a São José – era super devoto e cultivava a devoção, confiava na poderosa intercessão. Seu desejo de ser padre surgiu diante de um quadro de Nossa Senhora.

Testemunho: Viveu na prática o que acreditava, o que rezava e o que ensinava. No atendimento as pessoas, nas confissões, nas pregações, como educador, na administração dos sacramentos, no serviço aos pobres, na convivência com os confrades, com as Irmãs Murialdinas, na humildade, na simplicidade. Em tudo quis fazer a vontade de Deus. Por isso, um grande homem, um grande santo. Peçamos sua intercessão para imitá-lo nas suas virtudes e são muitas, mas principalmente no amor a Deus e na confiança à Divina Providência. Beato João Schiavo, intercedei por nós.